Desde agosto de 2010, o Brasil registrou um fluxo migratório de 2,3 milhões de pessoas. Dessas, 146.109 pessoas foram reconhecidas como refugiadas, de acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), divulgados nesta quinta-feira (10).
O número de reconhecimentos é um terço do total de pedidos feitos — até agosto deste ano, foram 450.752 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado recebidas pelo país.
Cerca de 1, 7 milhão de residentes permanentes, temporários e fronteiriços também foram registrados durante esse período. O maior fluxo migratório é de migrantes vindos de:
- Venezuela (500.636)
- Haiti (183.102)
- Bolívia (110.795)
Já entre os refugiados reconhecidos, aqueles que foram forçados por algum motivo a sair do país de origem, seja por motivos religiosos, políticos ou por violações de direitos humanos, são, em sua maioria, da
- Venezuela (134.089)
- Síria (4.100)
- República Democrática do Congo (1.158)
Os solicitantes de refúgio têm como principais nacionalidades venezuelana (257.186), cubana (41.800) e haitiana (40.483).
A decisão de fornecer o refúgio é do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), com base na Lei nº 9.474/1997.
Em 2023, eram 4,9 milhões de pessoas, que estavam, principalmente, nos Estados Unidos, em Portugal, no Paraguai, no Reino Unido e no Japão.