O Museu Estadual do Carvão, na cidade de Arroio dos Ratos (RS), a 55 quilômetros da capital gaúcha, foi uma das estruturas severamente afetadas pelas inundações que atingiram o Rio Grande do Sul, em maio deste ano. O acervo do museu foi congelado para reduzir os danos das chuvas e agora deve ser restaurado.
Cerca de 650 caixas de documentos históricos e 100 maços de documentos de grandes dimensões do arquivo da mineração ficaram debaixo d´água, o que comprometeu sua integridade dos arquivos.
O acervo, que ficou diversos dias submerso, foi congelado em um frigorífico, na tentativa de preservar o material — o objetivo é evitar a proliferação de micro-organismos que poderiam danificar os arquivos antes que o processo de restauração começasse.
Nesta semana, os documentos passam pelo descongelamento, secagem controlada e pelo tratamento com ozônio, gás com alta capacidade de desinfecção. A técnica considerada inovadora está sendo aplicada pela primeira vez no estado.
Após a limpeza com ozônio, os restauradores devem montar um laboratório de restauração de documentos que vai ser implantado na Casa de Cultura Mario Quintana.
A restauração acontece nas dependências do Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), em Taquara (RS) e é conduzido pelo alemão Stephan Schäfer, especialista em conservação e restauração de arquivos.
Para a parte final do processo de restauração vai ser montado um laboratório na Casa de Cultura Mario Quintana. Posteriormente o acervo deve voltar para consulta pública.