O braço armado do Hamas, as brigadas Al-Qassam, divulgou um vídeo nesta segunda-feira (7) para marcar o marco de um ano do ataque contra Israel em 7 de outubro de 2023. Os combatentes também elogiaram um ataque na semana passada no bairro de Jaffa, em Tel Aviv, no qual sete pessoas foram mortas.
Um homem mascarado que disse ser Abu Obaida, o porta-voz militar das Brigadas Qassam, afirmou no vídeo que os reféns estão correndo perigo e alertou para o governo de Israel acelerar as negociações de um acordo de troca de reféns.
Ele também avisou que haveria mais ataques desse tipo contra Israel.
“O moral e as condições de saúde dos reféns restantes se tornaram extremamente difíceis. Os perigos que os cercam aumentam dia a dia. Em resumo, o destino dos reféns do inimigo está ligado a uma decisão do governo da ocupação. Esta questão é extremamente séria e perigosa”, disse o porta-voz mascarado no vídeo.
O Hamas, que desencadeou a guerra de Gaza com um ataque surpresa a Israel há um ano, disse na segunda-feira que atingiu a capital comercial de Israel, Tel Aviv, com uma salva de mísseis, disparando sirenes no centro de Israel. Duas pessoas ficaram levemente feridas, de acordo com o serviço de ambulância israelense.
A série de foguetes sinalizou a capacidade duradoura do Hamas de revidar, apesar de um ataque militar israelense prolongado com o objetivo de destruir suas capacidades de combate, um ano após a chocante incursão transfronteiriça do Hamas em Israel que deu início à guerra.
Os israelenses marcaram o primeiro aniversário do ataque do Hamas com cerimônias e protestos nesta segunda-feira (7), incluindo um evento memorial para as vítimas do Nova Music Festival, onde combatentes mataram 364 pessoas e sequestraram 44 presentes no show.
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Na França, perto da Torre Eiffel, manifestantes pedem libertação de reféns israelenses. • Reuters
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Centenas de turcos realizam protestos em Istambul. • Reuters
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Milhares de manifestantes realizam protestos pró-Palestina em Berlim. • Reuters
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Na Espanha, manifestantes fazem ato contra fabricante de armas ligado a Israel. • Reuters
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Centenas de apoiadores de Israel fazem ato em Berlim. • Reuters
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Milhares de apoiadores pró-Palestina marcham na Turquia. • Reuters
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Centenas de pessoas protestam pelos palestinos e pelo Líbano em Barcelona. • Reuters
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Manifestantes pró-Palestina em Sydney. • Reuters
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Manifestantes pró-Israel e pró-Palestina no centro de Londres. • Reuters
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Milhares protestam ao redor do mundo contra a guerra no Oriente Médio. • Reuters
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Dezenas saem às ruas em Washington DC e Toronto em apoio aos palestinos. • Reuters
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Milhares de manifestantes pró-Palestina em Madri. • Reuters
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Em uma onda de choque por cidades israelenses e vilas de kibutz perto da fronteira de Gaza há um ano, combatentes liderados pelo Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e levaram cerca de 250 reféns de volta para Gaza, de acordo com números israelenses.
O ataque do Hamas desencadeou uma ofensiva israelense em Gaza que destruiu em grande parte o enclave densamente povoado e matou quase 42 mil pessoas, dizem autoridades de saúde palestinas.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.
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