Um frasco com o rótulo “Césio-137” foi encontrado em um laboratório desativado do Colégio Estadual do Jardim Independência, em Sarandi, Paraná, na noite de quarta-feira (2).
O episódio causou preocupação entre funcionários e alunos. O Departamento de Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi acionado para verificar se o frasco emitia radiação.
Segundo o professor Nilson Benedito Lopes, que participou da inspeção, a descoberta foi feita por uma funcionária da escola durante uma limpeza no laboratório. O frasco estava fechado e apresentava o símbolo de radiação.
A equipe de especialistas seguiu o protocolo de segurança e inspecionou o local com detectores de radiação, analisando tanto a área externa quanto a interna do laboratório.
Após cerca de uma hora de avaliação, foi constatado que o nível de radiação no ambiente era equivalente ao do meio ambiente, ou seja, não havia risco de contaminação.
De acordo com os peritos, é provável que o frasco tenha sido utilizado em alguma aula prática como demonstração, sem conter material radioativo de verdade.
Mesmo assim, o professor criticou a manutenção do rótulo no frasco, que poderia ter sido removido após o uso para evitar confusão. A substância foi enviada para análise, mas a equipe descartou qualquer risco.
O caso lembra o acidente ocorrido em Goiânia, em 1987, quando uma cápsula contendo césio-137 foi encontrada por catadores de lixo e provocou um desastre radiológico.
Na ocasião, quatro pessoas morreram, e mais de 1.000 foram afetadas diretamente ou indiretamente. A escola foi evacuada durante a inspeção, e cerca de 600 alunos ficaram no pátio até que a situação fosse controlada.