Em Manaus (AM), o Rio Negro atingiu a quarta menor cota da série histórica, iniciada em 1902, marcando 13,73 metros na última sexta-feira (27).
Essa marca fica atrás dos índices registrados em 1963, quando o rio atingiu 13,64 metros, de 2010, com 13,63 metros, e de 2023, quando foi registrado 12,7 metros.
Segundo projeções do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o rio passa por descidas médias diárias de 19 cm.
“As descidas estão muito acentuadas em Manaus e, se continuar com essa média de descida de 19 cm por dia, em uma semana poderemos ultrapassar a marca histórica”, comenta o coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico do órgão, o pesquisador em geociências Artur Matos. O coordenador aponta, também, que o rio pode ficar abaixo dos 12 metros nas próximas semanas.
O pesquisador alerta que o rio pode permanecer abaixo da cota de 16 metros na capital por mais dois meses, o que leva em consideração o que foi observado no ano de 2023 e que se assemelha ao atual cenário.
Em grande parte da Bacia do Amazonas, os rios se encontram abaixo do nível da faixa de normalidade para o período. As cotas de algumas dessas já chegaram aos níveis mais baixos da história.
O Rio Solimões, em Itapéua (AM), registrou a mínima histórica de 37 cm na última sexta-feira (27), enquanto em Fonte Boa (AM) esse índice foi de 7,38 metros.
Ainda, as projeções apresentadas apontam que a tendência é que a estiagem avance, fazendo com que os níveis dos rios continuem a cair.