As recentes sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra figuras públicas da Venezuela demonstram uma abordagem cuidadosa do governo Biden em relação ao regime de Nicolás Maduro. Segundo a analista de Internacional da CNN Fernanda Magnotta, essa postura reflete a complexidade do tema, especialmente no contexto das eleições americanas.
Magnotta explica que os EUA estão sendo “muito parcimoniosos” em suas decisões sobre a Venezuela, considerando o momento de incerteza eleitoral. As medidas anunciadas, incluindo a apreensão de um avião dias atrás, são parte de uma estratégia já conhecida de cercar as principais lideranças do regime venezuelano.
Impacto das sanções e contexto geopolítico
A especialista destaca que essas ações fazem parte de um conjunto de punições que, no futuro, podem se estender a setores econômicos, principalmente o petrolífero, com o objetivo de “estrangular política e economicamente o regime de Maduro”. No entanto, Magnotta ressalta que a eficácia dessas sanções é discutível, citando exemplos históricos em que medidas semelhantes não resultaram em mudanças significativas.
Um fator crucial nessa equação é o potencial impacto na imigração, que poderia afetar negativamente a campanha de Biden e Harris. Além disso, a analista aponta para as implicações geopolíticas, considerando que a Venezuela conta com o apoio da China e da Rússia.
Cautela americana e cenário regional
A cautela dos Estados Unidos também se deve ao risco de intensificar o conflito hegemônico na região. Magnotta observa que qualquer passo em falso poderia afastar ainda mais os EUA da Venezuela, isolá-la na região e fortalecê-la na sua aliança com China e Rússia.
“Eu tenho a sensação de que a tendência é de reprodução dos padrões anteriores”, afirma Magnotta, prevendo o anúncio de um conjunto de sanções cada vez mais duro e agressivo. No entanto, ela ressalta que os resultados dessas medidas são incertos, especialmente quando o regime conta com o apoio de grandes potências.
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