A líder da oposição, María Corina Machado, reiterou nesta segunda-feira (9) que “todos os venezuelanos do mundo sabem que Edmundo González é o presidente eleito da Venezuela” e garantiu que continuam determinados a defender a vontade do povo.
“Inquestionavelmente, vivemos hoje uma conjuntura crítica que põe em risco a própria viabilidade da Venezuela como república e como nação”, advertiu Machado durante uma coletiva de imprensa virtual.
A oposição venezuelana conversou com representantes de diversos setores da sociedade civil sobre a declaração “Proclamação de União à Nação Venezuelana”, que exige “respeito à soberania popular manifestada em 28 de julho”.
O documento reitera que a Venezuela não teve “eleições livres ou justas” e exige que todos os poderes públicos do Estado “reconheçam o que foi expresso nas urnas”, especialmente “o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), as Forças Armadas Nacionais e o Supremo Tribunal de Justiça”. Além disso, denuncia que o Estado “aprofundou escandalosamente a repressão” e exige “a liberdade de todos os presos políticos”.
O comunicado foi divulgado depois que Edmundo González deixou a Venezuela e foi para a Espanha, onde recebeu asilo, medida que, segundo o procurador-geral Tarek William Saab, “cria uma fratura na oposição”.
“O dia 28 de julho foi um acontecimento retumbante que de alguma forma redefiniu a natureza do problema político do país”, disse Machado.
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