Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, surpreendeu ao defender a legalização do uso da maconha na Flórida, contrariando a postura tradicionalmente conservadora de seu partido. A analista de assuntos internacionais Fernanda Magnotta comentou que essa posição demonstra como Trump “representa pouco o Partido Republicano convencional”.
Magnotta explicou que o sistema eleitoral americano é complexo, com cédulas de votação que podem incluir múltiplas páginas e consultas sobre temas locais. “É uma forma também de envolver a sociedade em temas que são sensíveis àquela realidade”, afirmou a especialista.
Trump e seu histórico político
A analista ressaltou que a postura de Trump não é uma novidade para quem acompanha sua trajetória política. “Ele não foi, desde criancinha, aquele republicano de carteirinha, aliás, ele se tornou republicano mais tardiamente”, explicou. Ela acrescentou que Trump sempre teve afinidade com pautas sociais numa linha mais progressista, incluindo temas como aborto e drogas.
Nos últimos anos, Trump abraçou um conservadorismo mais por conveniência do que por convicção, segundo a analista. Agora, em meio a uma campanha acirrada, ele parece estar tentando ampliar sua base de apoio. “Está tentando abraçar o indeciso, está tentando, de certa maneira, se comunicar com o independente, com aquele eleitor que é conservador nos costumes, mas que tem uma certa flexibilidade como ele próprio”, observou Magnotta.
Impacto no Partido Republicano
A posição de Trump sobre a legalização da maconha deve incomodar os grupos mais radicais do partido, incluindo seu próprio vice-presidente, Mike Pence, que é conhecido por ser muito mais conservador. Além disso, Trump também tem se manifestado sobre outros temas sensíveis para os conservadores, como a fertilização in vitro, que ele promete tornar pública e gratuita nos Estados Unidos.
Magnotta destacou que o Partido Republicano está passando por uma transformação, com o “Trumpismo” se impondo como força majoritária. “Esses grupos conservadores mais convencionais, eles ficaram um pouco órfãos de liderança. Eles estão cada vez mais minguados”, concluiu a analista, lembrando que até figuras tradicionalmente conservadoras, como o ex-presidente Bush, têm anunciado apoio a candidatos democratas.
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