Um juiz federal negou o pedido de Donald Trump para mover o caso criminal de suborno de Nova York para um tribunal federal. Ele concluiu que não há nada na decisão de imunidade da Suprema Corte que altere sua visão dos fatos de que os pagamentos foram “atos privados e não oficiais”.
Donald Trump entrou com uma petição na quinta-feira (29) buscando mover seu caso criminal do estado de Nova York para um tribunal federal em Manhattan e adiar a próxima sentença por sua condenação em 34 acusações de falsificação de registros comerciais.
A petição pediu ao tribunal federal para confirmar que o ex-presidente não pode ser sentenciado enquanto o litígio sobre a remoção para o tribunal federal estiver pendente.
O juiz Alvin Hellerstein disse que nenhum fato mudou desde que ele rejeitou anteriormente a tentativa de Trump de mover o caso no ano passado. Na época, o juiz concluiu que o reembolso de Trump a Michael Cohen, que facilitou os pagamentos de dinheiro para silenciar a atriz de filmes adultos Stormy Daniels, não foram atos oficiais que ele tomou como presidente.
“Nada na opinião da Suprema Corte afeta minha conclusão anterior de que os pagamentos de dinheiro para silenciar foram atos privados e não oficiais, fora dos limites da autoridade executiva”, escreveu Hellerstein em sua decisão nesta terça-feira (3).
Trump também defendeu que o caso deveria ser movido para o tribunal federal porque ele alegou que o juiz Juan Merchan, que presidiu o julgamento, foi tendencioso contra ele. Hellerstein disse que não era seu lugar avaliar o julgamento de Nova York.
O ex-presidente dos EUA pediu separadamente a Merchan para atrasar a sentença até depois da eleição.
Os promotores não se opuseram a esse pedido e o juiz pode emitir uma decisão ainda esta semana. Trump também argumentou em uma moção a Merchan que sua condenação deveria ser anulada à luz da decisão da Suprema Corte que determinou que o republicano conta com imunidade presidencial limitada.
O juiz disse que decidiria sobre essa moção em 16 de setembro.
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