O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se declarou inocente das acusações apresentadas no processo de subversão eleitoral durante a invasão do Capitólio americano, em 6 de janeiro de 2021.
A declaração do republicano pede que ele seja dispensado de comparecer pessoalmente em uma audiência na Justiça Federal, na quinta-feira (5).
“Eu, o presidente Donald J. Trump, o réu acima mencionado. Renuncio ao meu direito de estar presente na audiência e autorizo meus advogados a apresentar uma declaração de inocência em meu nome para cada acusação”, disse Trump ao tribunal em um arquivo de uma página que inclui sua assinatura em negrito.
“Declaro ainda que recebi uma cópia da acusação que substitui e a examinei com meu advogado”, continua o documento.
Na quinta-feira (5), ocorre a primeira audiência do caso perante a juíza Tanya Chutkan, do Tribunal de Distrito de DC. Os advogados de Trump planejam comparecer.
O julgamento havia sido suspenso anteriormente para aguardar a decisão da Suprema Corte sobre o caso de imunidade. Trump alega que no dia da invasão ao Capitólio, ele exercia o cargo de presidente e por isso deveria ser imune de qualquer acusação.
Em julho, a Suprema Corte dos EUA disse que Trump conta com imunidade presidencial limitada.
Chutkan terá que decidir como prosseguir com o caso sobre os esforços para derrubar a eleição de 2020, incluindo a definição de um cronograma.
Ela também deve decidir se os promotores podem levar Trump a julgamento e convocar testemunhas, como seu então vice-presidente Mike Pence.
A nova acusação, aprovada por um grande júri na semana passada, exige que Trump apresente um novo argumento.
Enquanto os promotores reduziram algumas das acusações contra o ex-presidente diante da decisão da Suprema Corte, Trump enfrenta as mesmas quatro acusações criminais de antes.