Supostos militantes islâmicos do Boko Haram invadiram uma vila no nordeste da Nigéria em motocicletas, abriram fogo contra um mercado e incendiaram lojas e casas, matando pelo menos 37 pessoas, segundo um oficial militar.
Os moradores disseram que o número de mortos pode ser ainda maior, com moradores ainda desaparecidos e tidos como mortos depois que os combatentes os perseguiram no mato.
O ataque ocorreu na tarde de domingo (1) em Yobe, um dos três estados na linha de frente de uma insurgência que já dura 15 anos. Milhares de nigerianos foram mortos e mais de 2 milhões deslocados.
O porta-voz da polícia de Yobe, Dungus Abdulkarim, disse que o ataque na aldeia de Mafa, em Yobe, foi uma aparente retaliação pela morte de dois supostos combatentes do Boko Haram por vigilantes locais.
Depois de disparar contra o mercado e incendiar edifícios, os militantes perseguiram outros residentes no mato e dispararam contra eles, acrescentou Abdulkarim.
“Os terroristas mataram muitas pessoas, mas ainda não apuramos o número atual de vítimas”, disse Abdulkarim.
Um oficial militar que acompanhou o comandante do exército de Yobe a Mafa na noite de segunda-feira (2) disse que a rota para a aldeia estava equipada com explosivos, que as tropas conseguiram desarmar.
“Recuperamos 37 cadáveres e os levamos para o Hospital Geral de Babangida”, disse o responsável, que não quis ser identificado porque não está autorizado a falar com a comunicação social.
Modu Mohammed, um residente, disse que vários outros residentes estavam desaparecidos e estimou o número de mortos em mais de 100. Ele disse que alguns cadáveres ainda estavam no mato.