O confisco do avião de Nicolás Maduro nesta segunda-feira (2) pelos Estados Unidos foi uma “prática criminal” e “pirataria”, de acordo com nota do governo da Venezuela.
O governo americano informou que a medida foi tomada após determinarem que a aquisição da aeronave violava as sanções dos EUA, entre outras questões criminais.
O avião – estimado em cerca de US$ 13 milhões – esteve na República Dominicana nos últimos meses.
“Este é um exemplo de suposta ‘ordem baseada em regras’, que, desprezando a direito internacional, procura estabelecer a lei do mais forte, criar regras que se ajustem aos seus interesses e executá-las com total impunidade”, pontua a nota venezuelana.
O governo Maduro também destacou que se reserva o direito de tomar ações para “reparar esse dano à nação”.
Leia a nota completa abaixo:
“A República Bolivariana da Venezuela denuncia perante a comunidade internacional que, mais uma vez, as autoridades do Estados Unidos da América, numa reincidência de prática criminosa que não pode ser classificada como outra coisa senão pirataria, confiscou ilegalmente uma aeronave que estava sendo utilizada pelo Presidente da República, justificado pela medidas coercivas que impõem unilateral e ilegalmente ao redor do mundo.
Esta ação revela que nenhum Estado e nenhum governo constitucional está a salvo de ações ilegais que ignoram o direito internacional.
Os Estados Unidos já demonstraram que utilizam seu poder econômico e militar para intimidar e pressionar Estados como a República Dominicana para servirem como cúmplices de seus atos criminosos.
Este é um exemplo de suposta “ordem baseada em regras”, que, desprezando a direito internacional, procura estabelecer a lei do mais forte, crie regras que se ajustem aos seus interesses e executá-las com total impunidade.
A República Bolivariana da Venezuela reserva-se o direito de tomar qualquer ação legal para reparar esse dano à Nação, bem como todos os outros danos causados pela política criminosa de medidas coercivas unilaterais.
A Venezuela alerta que esta não é uma ação isolada. Pelo contrário, faz parte de um escalada de ações contra o Governo Bolivariano da Venezuela, reeleito pela vontade da maioria do povo venezuelano no passado dia 28 de Julho e que fiel à sua tradição anti-imperialista e anticolonialista não se deixará pressionar por qualquer agressão.
A Venezuela se respeita e continua defendendo firmemente a sua dignidade e soberania”.