Com pelo menos seis pessoas presas até o momento por suspeita de envolvimento nos incêndios florestais dos últimos dias no estado de São Paulo, o ministro e o secretário paulista da Agricultura falam em “ações criminosas”. As declarações foram dadas nesta terça-feira (27) durante um evento da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
“É terrível essa situação. Nós esperamos que as investigações busquem todos os autores destes crimes, que sejam punidos com rigor”, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
“Tenho certeza que a resiliência de homens e mulheres que lidam com a terra, que têm a vocação, que têm na sua essência a perseverança de recomeçar, o farão com muita determinação”, acrescentou o ministro. Segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está disposto a “trabalhar junto” com o governo paulista para possibilitar o “recomeço” aos agricultores afetados.
O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, também se referiu às queimadas como “incêndios criminosos” e destacou as ações de respostas feitas pelo Executivo estadual.
“O governador [Tarcísio de Freitas], de forma rápida, criou o gabinete de crise, estruturou todo o governo de São Paulo para que a gente possa dar todo o suporte ao estado. Nós estamos agindo com muita clareza e nós não vamos deixar para trás nenhuma mulher e nenhum homem do campo deste estado.”
Piai acrescentou que o governo paulista irá liberar um crédito com juro zero e dois anos de carência aos pequenos produtores, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap). “Aqueles que tiveram a moradia incendiada nós vamos conseguir uma nova junto à CDHU [Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo], complementou.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também já havia se referido aos incêndios como atos criminosos. Porém, na segunda-feira (26), declarou não acreditar que as ocorrências se tratam de uma “ação coordenada”.