A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata do Partido Democrata à presidência, Kamala Harris, enfrenta um desafio complexo em relação ao seu posicionamento sobre o conflito no Oriente Médio, especialmente no que diz respeito a Israel.
Segundo Thiago de Aragão, CEO da Arko Internacional, tanto defender quanto atacar abertamente Israel pode ser um “tiro no pé” para Harris.
Aragão explica que a situação é delicada para a vice-presidente por dois motivos principais.
Por um lado, há diversas manifestações contra o apoio que o governo Biden, do qual Harris faz parte, tem dado a Israel. Por outro, ela não quer alienar uma parcela significativa do eleitorado democrata que apoia o país governado por Benjamin Netanyahu.
O dilema da campanha
A complexidade da situação não oferece uma saída fácil para Harris. O especialista sugere que uma possível estratégia seria expandir a narrativa, focando o retorno do respeito internacional pelos Estados Unidos, um ponto que ela já criticou no governo Trump anteriormente.
“Agora, defender claramente Israel é um tiro no pé, e também atacar claramente Israel é um outro tiro no pé, para ela”, afirma Aragão.
Ele sugere que a melhor abordagem para Harris seria adotar uma narrativa mais ampla e geral sobre a política externa dos EUA ou, alternativamente, evitar o assunto completamente.
Este desafio surge em um momento crucial para a campanha de Harris.
Após um período inicial de impulso devido à novidade de sua candidatura, ela agora enfrenta questionamentos mais diretos sobre temas controversos, como a situação no Oriente Médio e a inflação.
A forma como Harris navegará essas águas turbulentas da política internacional poderá ter um impacto significativo em sua campanha e na percepção pública de sua capacidade de liderança em questões globais complexas.
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