O governador de Minnesota, Tim Walz, aceita a indicação democrata para vice-presidente nesta quarta-feira (21), faltando 11 semanas para ele e sua companheira de chapa presidencial, Kamala Harris, enfrentarem o ex-presidente republicano Donald Trump na eleição de 2024 nos EUA.
Walz, 60 anos, um veterano militar, ex-professor do ensino médio e treinador de futebol americano, falará sobre sua infância em uma fazenda em Nebraska, sua família e as liberdades que os democratas dizem estar sob ataque de Trump, que está concorrendo pela terceira vez à Casa Branca como republicano.
Walz trouxe um charme folclórico à campanha eleitoral, descrevendo a si mesmo e Harris como “guerreiros alegres” focados em um futuro melhor, em contraste com os republicanos que, segundo eles, estão alimentando o medo e a divisão.
Ele subirá ao palco na Convenção Nacional Democrata em Chicago, depois do ex-presidente Bill Clinton, do secretário de Transportes Pete Buttigieg e da ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, que foi fundamental para pressionar o presidente Joe Biden a desistir da candidatura há um mês, revertendo a sorte do Partido Democrata.
Biden estava atrás de Trump nacionalmente e em estados-pêndulo antes de ceder a liderança do partido para Harris; as pesquisas agora mostram que ela está superando Trump em vários dos poucos estados que decidirão a eleição presidencial de 5 de novembro.
Walz e Harris receberam um forte apoio na terça-feira do ex-presidente Barack Obama e sua esposa Michelle Obama na convenção de Chicago.
“Eu amo esse cara”, disse Obama sobre Walz. “Ele sabe quem é e o que é importante. Você pode dizer que aquelas camisas de flanela que ele usa não vêm de algum assessor. Elas vêm do armário dele e passaram por algumas coisas.”
A rápida ascensão de Walz à fama nacional atraiu o escrutínio republicano e levou a campanha de Harris a emitir declarações sobre seus 24 anos de história militar e o método de tratamento de fertilidade ao qual ele e sua esposa se submeteram para ter filhos.
Os responsáveis pela campanha de Harris estão apostando que as raízes do Centro-Oeste e o estilo direto de Walz atrairão alguns homens brancos nas áreas rurais que votaram em Trump por grandes margens nas últimas duas eleições, e ajudarão a conquistar estados decisivos como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.
Trump fará campanha com seu companheiro de chapa, o senador JD Vance, em outro estado indeciso, a Carolina do Norte, nesta quarta-feira, onde falará sobre segurança nacional.
Os republicanos criticaram duramente os planos econômicos dos democratas. Como governador, Walz tornou as refeições escolares gratuitas, estabeleceu metas para cortar gases de efeito estufa, expandiu as licenças remuneradas e protegeu a negociação coletiva e as horas extras, políticas progressistas que os republicanos descrevem como perigosamente liberais.