Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos, surpreendeu ao adotar um tom mais moderado em relação ao casal Barack e Michelle Obama, que discursarão na Convenção Democrata nesta terça-feira (20). A mudança de postura foi analisada por Lourival Sant’Anna, analista de internacional da CNN Brasil.
Questionado sobre sua visão do casal Obama, Trump declarou: “Eu gosto muito do Barack Obama e da mulher dele, é um cavalheiro muito bom. Foi um desastre a política comercial dele, mas é uma pessoa muito boa, eu tenho muito respeito por ele”.
Esta declaração contrasta fortemente com as críticas e acusações que Trump fez no passado contra o casal presidencial.
Estratégia eleitoral em jogo
Lourival Sant’Anna explicou que a mudança de abordagem de Trump pode ser uma estratégia eleitoral.
“Os assessores do Trump identificam nesse casal um nicho de votos importantes: os votos dos negros, das mulheres, possivelmente de jovens e latinos, que podem fazer falta a qualquer um dos dois candidatos nessa eleição”, afirmou o analista.
A participação de Michelle Obama na convenção é particularmente significativa, considerando sua conhecida aversão à política. Sant’Anna lembrou a frase marcante da ex-primeira-dama na convenção de 2016: “When they go low, we go high” (Quando eles vão baixo, nós vamos alto).
Ele ressaltou: “Se ela vier a essa convenção para discursar, é porque ela realmente acredita que algo muito importante está em jogo e que Donald Trump não pode ser eleito”.
A convenção democrata deste ano acontece em um contexto de grande polarização política nos Estados Unidos.
O discurso do casal Obama é aguardado com grande expectativa, podendo influenciar significativamente o eleitorado americano.
A mudança de tom de Trump em relação aos Obama evidencia a importância estratégica desses apoios políticos na corrida presidencial de 2024.
Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.
