As negociações para um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia encontram-se em um impasse, diretamente influenciadas pelas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Esta é a análise do professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan, em entrevista ao Bastidores CNN.
Segundo Trevisan, ambos os lados do conflito estão apreensivos quanto aos possíveis resultados das eleições americanas.
“A Rússia olha para isso e diz o seguinte: se a Câmara ganhar, a guerra continua e os americanos vão botar mais armamento aqui”, explica o especialista, destacando o temor russo frente ao poderio militar americano.
Por outro lado, os ucranianos também demonstram preocupação. “Os ucranianos também sabem: ‘se der Trump, nós estamos perdidos’”, acrescenta Trevisan, ilustrando como a incerteza política nos EUA afeta diretamente as estratégias e expectativas dos países envolvidos no conflito.
Tentativas de mediação
O professor ressalta que, diante desse cenário de apreensão mútua, alguns países têm tentado mediar as negociações.
“Países, inclusive da Europa do Norte, Noruega, também tentaram fazer essa ponte de alguma forma”, menciona Trevisan, citando também os esforços da Turquia nesse sentido.
No entanto, essas iniciativas de mediação não têm surtido o efeito desejado. “No momento, o esforço de negociação está paralisado”, conclui o especialista, indicando que o progresso nas conversações de paz depende significativamente do desfecho das eleições americanas.
A situação atual reflete um padrão histórico nas guerras envolvendo a Rússia, como lembra Trevisan: “Se a gente olhar para isso, se quiser um exemplo histórico, pensa no Napoleão ou pensa no Hitler. Os dois entraram na Rússia. Sair dali é que foi difícil”.
Esta observação sugere que o conflito atual pode se prolongar, especialmente considerando a influência das dinâmicas políticas internacionais.
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