A guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de dois anos e meio, enfrenta obstáculos significativos para chegar a um acordo de paz.
Durante o CNN 360°, a analista de internacional da CNN Fernanda Magnotta destaca três pontos cruciais que impedem avanços nas negociações entre os países.
O primeiro e mais importante ponto é a existência de demandas incompatíveis entre as partes e a dificuldade em fazer concessões territoriais.
“A Ucrânia não está disposta a abrir mão de certos trechos do seu território que foram dominados, assim como a Rússia tampouco abre mão daquilo que ela conquistou”, explica Magnotta.
O segundo ponto é a desconfiança mútua entre os negociadores. A Ucrânia vê a Rússia como uma ameaça existencial à sua soberania, enquanto a Rússia teme a aproximação da Ucrânia com o Ocidente, especialmente com a OTAN.
Falta de mediador confiável
O terceiro ponto destacado por Magnotta é a ausência de um mediador confiável. “Todo mundo está implicado com alguns dos lados em relação aos seus próprios interesses estratégicos”, afirma a analista.
A Europa Ocidental e os Estados Unidos são vistos como pró-Ucrânia, enquanto a China se aproximou demais da Rússia.
Apesar de uma nova rodada de negociações estar prevista para novembro, as perspectivas não são animadoras.
“A gente não vê disposição dos atores envolvidos para chegar a uns termos adequados, a gente vê ofensiva atrás de ofensiva, o que eleva a chance inclusive que a desconfiança aumente”, conclui Magnotta.
A recente incursão da Ucrânia em território russo marca uma mudança na dinâmica do conflito, mas não altera significativamente o cenário das negociações.
Sem a superação desses obstáculos fundamentais, a resolução do conflito permanece distante, prolongando uma guerra que já se arrasta por mais de dois anos.
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