A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu na última quarta-feira (18) um adolescente que tentou matar um homem a madeiradas após receber um flerte na rua. O caso ocorreu na Ilha do Governador, zona norte da capital fluminense.
Em depoimento na 37ª delegacia (Ilha do Governador), o adolescente afirmou que estava na Praça do Guarabu, localizada na Rua Ipuá, quando foi abordado pela vítima, que estava em uma moto.
O menor relatou que o homem o encarou de forma “insistente” e fez elogios como “só te achei bonitinho”, o que gerou desconforto no adolescente. Irritado, ele ameaçou o indivíduo, pegou um pedaço de madeira no chão e golpeou a cabeça do homem, que estava sem capacete. Com intenso sangramento, a vítima foi socorrida por testemunhas que acionaram o Corpo de Bombeiros.
O homem sofreu politraumatismo crânioencefálico (TCE) e está internado no Hospital Municipal Evandro Freire, no mesmo bairro, com quadro grave de saúde. Foi identificado um hematoma intracraniano, mas, após avaliação, os médicos concluíram que não será necessário cirurgia.
Após receber a denúncia, os agentes foram até as imediações das ruas Astilbe e Estocolmo, no Jardim Carioca, local apontado como o paradeiro do acusado. O adolescente foi encontrado na rua e conduzido à delegacia, onde confessou a agressão. Ele também afirmou que é estudante e desempregado e que não faz parte de nenhuma organização criminosa.
O delegado Felipe Santoro, titular da delegacia responsável pelas investigações, aponta que a motivação do crime foi fútil e desproporcional, e considerou o caso como tentativa de homicídio, já que o adolescente golpeou regiões vitais com meio cruel (pedaço de madeira) e impedindo a vítima de qualquer reação.
“As evidências colhidas até o momento reforçam que o adolescente atentou contra a vida da vítima com um pedaço de madeira, motivado por razões fúteis, causando-lhe graves lesões que não resultaram em morte apenas devido à intervenção rápida de transeuntes e ao socorro médico prestado”, afirmou Felipe Santoro.
A Polícia afirmou que a investigação continua para apurar se o adolescente faz parte de alguma facção criminosa da região.