Um jovem de Belo Horizonte teve um relógio roubado, mas conseguiu recuperar o objeto após investigar quem era o motoboy de aplicativo que havia levado o item. Nas redes sociais, o relato do músico Guilherme Barros já ultrapassou as 500 mil visualizações.
Segundo o músico, um amigo pediu para enviar o relógio, avaliado em R$ 1,5 mil, que chamou um motoboy de aplicativo para fazer a entrega.
Entretanto, minutos após o envio, ele percebeu que o item havia sido roubado, pois no aplicativo o status da corrida estava como “procurando corrida”.
A partir de então, o rapaz não conseguia notificar a empresa, pois, segundo o aplicativo, não é possível registrar a ocorrência de uma corrida que foi cancelada.
Através do link da corrida que ele enviou ao amigo, Barros encontrou o nome completo e número da placa da moto do ladrão.
“Entrei no link e lá tinha um nome completo e a placa do ladrão (…) nesse mesmo momento, eu percebi que eu tinha aberto um chat na 99 com ladrão quando eu mandei para ele elevador [que estava no elevador]”, disse.
Após isso, ele foi até uma delegacia e registrou um boletim de ocorrência.
Ele entrou em contato com o motoboy, porém não teve retorno, e ao avisar que entraria com reclamação na 99, o ladrão respondeu dizendo que a conta era comprada de outra pessoa.
Reviravolta
Após a falta de respostas, Guilherme pesquisou pelo nome do ladrão e descobriu que havia um CNPJ de uma lanchonete registrado no nome do mesmo, na cidade de Vespasiano, na Grande BH. Além dos serviços de alimentação, também havia “serviços de entrega rápida”, como atividade secundária.
Sendo assim, ele retomou o contato com o ladrão e o ameaçou com as informações que obteve.
“Vou até pedir um [citou o nome da lanchonete] aqui enquanto você toma sua decisão”, afirmou.
Após isso, o homem que havia levado o relógio se desculpou e enviou o relógio novamente.
“Mais ou menos uma hora depois, o porteiro interfona (sic) aqui falando que o relógio chegou (sic)”, finalizou.
Procurada, a Polícia Civil de Minas informou que “um homem, de 28 anos registrou a ocorrência policial, na última sexta-feira, em BH”, e que apura os fatos.
O que diz a 99
Em nota, a 99 lamentou o ocorrido e informou que o usuário registrou o acontecimento na Central de Ajuda, no último dia 13, e que “um email foi enviado com orientações”.
Além disso, o motociclista foi bloqueado.
Ainda em nota, a empresa disse estar “à disposição para colaborar com as investigações das autoridades, caso necessário”.