O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e Kaja Kallas, chefe de política externa da União Europeia, chegaram à capital ucraniana, Kiev, neste domingo (1º), usando o primeiro dia em seus novos cargos para enviar uma mensagem de apoio à Ucrânia em sua guerra com a Rússia.
A visita acontece em um momento em que a Ucrânia luta para se defender da ofensiva russa e enfrenta a incerteza da política dos EUA em relação a Kiev quando Donald Trump assumir o cargo no mês que vem.
“Desde o primeiro dia da guerra, a UE esteve ao lado da Ucrânia”, postou Costa no X ao lado de uma imagem sua, de Kallas e da chefe de ampliação da UE, Marta Kos, chegando de trem.
“Desde o primeiro dia do nosso mandato, estamos reafirmando nosso apoio inabalável ao povo ucraniano”, acrescentou.
Tanto Kallas quanto Costa têm sido fortes apoiadores da Ucrânia desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022.
No entanto, nenhum dos dois pôde fazer promessas específicas de mais ajuda, exigindo o apoio dos governos nacionais da UE.
A UE diz que suas instituições e países-membros disponibilizaram cerca de US$ 133 bilhões em ajuda à Ucrânia desde o início da guerra, mas o apoio futuro permanece incerto, especialmente se Trump reduzir o apoio dos EUA.
Trump criticou a escala da ajuda enviada para Kiev e disse que tentará um fim rápido para a guerra, mas sem especificar exatamente como.
Por terra, as tropas de Moscou estão capturando vila após vila em uma tentativa de eventualmente tomar a região industrial de Donbass, enquanto os ataques aéreos russos estão mirando a combalida rede elétrica da Ucrânia com a chegada do inverno.
“Na minha primeira visita desde que assumi o cargo, minha mensagem é clara: a União Europeia quer que a Ucrânia vença esta guerra”, escreveu Kallas no X. “Faremos o que for preciso para isso.”
Como primeira-ministra da Estônia, que faz fronteira com a Rússia, Kallas emergiu como uma das críticas mais veementes da Rússia.
Moscou a colocou este ano em uma lista de procurados por destruir monumentos da era soviética.
Costa, ex-primeiro-ministro de Portugal, tem a tarefa de coordenar o trabalho dos líderes nacionais da União Europeia e presidir suas cúpulas como presidente do Conselho Europeu.
Em uma cerimônia em Bruxelas na sexta-feira, ele disse que todos ansiavam pela paz após mais de 1.000 dias de guerra entre Ucrânia e Rússia, “especialmente o combativo e heroico povo ucraniano”.
“Paz não pode significar capitulação. Paz não deve recompensar o agressor”, ele acrescentou.