O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou, no encerramento da Cúpula de Líderes do G20, dos legados deixados pelo encontro das maiores economias do mundo sob a presidência brasileira.
Depois de um ano inteiro de trabalho e de dois dias de encontro dos líderes, mais de 80 nações concordaram em fazer uma Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e iniciaram um debate inédito sobre a taxação das grandes fortunas.
O presidente Lula ainda falou que o encontro no Brasil conseguiu colocar a mudança do Clima na agenda dos ministérios e bancos centrais dos países-membros e aprovou o primeiro documento multilateral sobre bioeconomia.
Também na área do meio ambiente, Lula destacou a definição de princípios-chave sobre comércio e desenvolvimento sustentável e o compromisso de triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030.
Outro assunto citado pelo presidente foi a inclusão da demanda por reformas da governança global, para tornar, por exemplo, o Conselho de Segurança da ONU mais efetivo e representativo.
Lula exaltou o trabalho realizado durante todo o ano em que o Brasil presidiu o grupo.
“Neste ano realizamos mais de 140 reauniões em 15 cidades brasileiras. Voltmos a adotar declarações consensuais em quase todos os grupos de trabalho”.
No discurso, o presidente brasileiro lembrou que após a presidência sul-africana, país que assume agora a liderança do grupo, todas as nações do G20 vão ter exercido, pelo menos uma vez, o comando da associação.
Para Lula, essa será uma ocasião importante para avaliar o papel que o fórum desempenhou até o momento e como deve atuar daqui em diante.
“é com essa esperança que passo o martelo da presidencia do G20 para o presidente Ramaphosa. Esta não é uma transmissão de presidência comum. É a epxressão concreta dos vínculos históricos, econômicos e culturais que unem América Latina e África. Agradeço a todos os que contribuíram com a presidência brasileira, em especial às pessoas que trabalharam para viabilizar os resultados que alcançamos”;
O presidente Lula desejou sucesso ao presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e lembrou os dizeres de Nelson Mandela, também sul-africano, de que é” fácil demolir e destruir. E que os heróis são aqueles que constroem”.