O número de mortos em ataques aéreos israelenses no Líbano desde o início do conflito entre Israel e o Hezbollah em outubro passado chegou a 3.050, com feridos subindo para 13.658, informou o Ministério da Saúde libanês na quarta-feira (6).
Pelo menos 57 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas só hoje em ataques aéreos israelenses no Líbano, de acordo com a Agência Nacional de Notícias (NNA) e relatos da mídia local.
A TV Al-Jadeed informou que mais de 55 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas em uma série de 33 ataques aéreos israelenses contra cidades e vilarejos nas regiões de Bekaa e Baalbek-Hermel, no leste do Líbano.
O governador da província de Baalbek-Hermel, Bachir Khodr, disse que a região foi submetida a 40 ataques israelenses nesta quarta-feira, resultando em 38 mortes e 54 feridos. Há esforços de limpeza de destroços em vários locais.
Os ataques tiveram como alvo bairros residenciais em Baalbek e o histórico edifício “Al-Manshiya”, que foi completamente destruído, de acordo com o prefeito de Baalbek, Mustafa al-Shal.
Baalbek foi um importante centro religioso no Império Romano e é renomado por seus templos dedicados a Júpiter e Baco, ambos listados como Patrimônio Mundial da UNESCO, juntamente com vários monumentos construídos de pedras distintos. As Nações Unidas expressaram preocupação com os danos que os ataques aéreos israelenses infligiram à sua valiosa arquitetura histórica.
No sul do Líbano, um ataque aéreo separado matou uma pessoa em Ibl al-Saqi, enquanto outro civil morreu em Bazourieh quando um apartamento residencial foi atingido, disse a Agência Nacional de Notícias (NNA). As forças israelenses também atacaram vilas em Harouf, Beit Yahoun, Ansariyeh, Aadloun, Zrarieh e Kunin no sul do Líbano.
Em resposta, o Hezbollah alegou ter lançado ataques à base naval Stella Maris de Israel, perto de Haifa, usando mísseis de precisão e drones. Também relatou que os ataques tinham como alvo a cidade de Kiryat Shmona e forças israelenses no local de Al-Marj em Wadi Hunayn, perto das vilas libanesas de Markaba e Maroun al-Ras.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) divulgou um relatório no mesmo dia, revelando que, até 4 de novembro, quase 873.000 pessoas ficaram desabrigadas no Líbano devido a ataques israelenses, e mais da metade delas são mulheres.
Além disso, houve 78 ataques a instalações médicas no Líbano, resultando na morte de 130 profissionais de saúde e ferimentos em outros 111.
Desde 23 de setembro, o exército israelense vem lançando uma enxurrada de ataques aéreos ao Líbano em uma perigosa escalada com o Hezbollah. No início de outubro, Israel iniciou uma operação terrestre através de sua fronteira norte para o Líbano.
Os confrontos em andamento entre Israel e o Hezbollah começaram em 8 de outubro de 2023, quando o Hezbollah disparou foguetes contra Israel em apoio ao Hamas na Faixa de Gaza, provocando ataques aéreos e de retaliação por parte de Israel no sudeste do Líbano.
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