Israel assumiu a autoria de uma série de ataques que atingiram alvos militares na cidade de Teerã, capital do Irã, na madrugada deste sábado (26). A ofensiva é uma resposta aos mísseis disparados pelas forças iranianas em direção a Israel no início deste mês de outubro.
Segundo o Irã, o ataque contra Israel foi uma resposta à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah e outros membros da organização. Nasrallah foi assassinado no Líbano, após um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI), em 27 de setembro.
Pela manhã líderes mundiais se posicionaram pedindo um cessar-fogo e o fim das escaladas no conflito.
Funcionário do alto escalão do governo dos EUA
“Israel anunciou que sua resposta ao ataque de mísseis balísticos do Irã em 1º de outubro agora está completa.
Como os israelenses declararam, sua resposta foi um exercício de autodefesa e evitou especificamente áreas povoadas e focou apenas em alvos militares, ao contrário do ataque do Irã contra Israel que teve como alvo a cidade mais populosa do país.
Gostaríamos de encaminhá-lo às autoridades israelenses para mais informações sobre sua operação.
Os Estados Unidos não participaram desta operação. Nosso objetivo é acelerar a diplomacia e diminuir as tensões na região do Oriente Médio.
Apelamos ao Irã para cessar seus ataques à Israel e acabe com este ciclo de luta ataques sem mais escaladas.”
“Se o Irã decidir responder, estamos totalmente preparados para defender Israel e apoiá-los, haverão consequências se o Irã tomar essa decisão infeliz”, disse o funcionário. “Mas, no que nos diz respeito em relação a essa troca direta, esse deve ser o fim.”
Primeiro-Ministro Britânico Keir Starmer
“Estou certo de que Israel tem o direito de se defender contra a agressão iraniana. Estou igualmente certo de que precisamos evitar uma maior escalada regional e pedir a todos os lados que mostrem contenção. O Irã não deve responder.”
Ministério das Relações Exteriores Francês em declaração
“A França pede a todas as partes que se abstenham de qualquer escalada e ação que possa piorar o contexto extremamente tenso na região.”
Chanceler Alemão Olaf Scholz
“Minha mensagem ao Irã é clara: não podemos continuar com reações massivas em escalada, elas deve acabar agora. Isso proporcionará uma oportunidade para o desenvolvimento pacífico no Oriente Médio. O importante é que haja um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns. Peço a todas as partes que façam isso.”
Declaração da Arábia Saudita publicada pela agência oficial de notícias do Estado
“O Reino da Arábia Saudita expressa sua condenação e denúncia ao ataque militar à República Islâmica do Irã, que é uma violação de sua soberania e uma violação das leis e normas internacionais.
Afirmamos sua posição inabalável em sua rejeição à escalada contínua na região e à expansão do conflito que ameaça a segurança e a estabilidade dos países e povos da região.
O Reino pede com urgência à todas as partes que exerçam a máxima contenção e reduziram a escalada.”
Ministério das Relações Exteriores do Egito no Facebook
“O Egito está acompanhando com grande preocupação a escalada acelerada no Oriente Médio, a mais recente das quais foi o ataque israelense ao Irã esta manhã, e condena todas as ações que ameaçam a segurança e a estabilidade da região […]”
“Enfatizamos nossa posição de que um cessar-fogo na Faixa de Gaza deve ser alcançado rapidamente dentro da estrutura de um acordo por meio do qual os reféns sejam libertados, visto que é a única maneira de apaziguamento.”
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia Maria Zakharova
“Pedimos a todas as partes envolvidas que exerçam contenção, parem com a violência e evitem um cenário catastrófico.”
Declaração do Ministério Exterior Paquistanês
“O Paquistão condena veementemente os ataques de Israel contra a República Islâmica do Irã. Esses ataques minam o caminho para a paz e estabilidade regionais e também constituem uma escalada perigosa em uma região já volátil.
Israel tem total responsabilidade pelo atual ciclo de escalada e expansão do conflito. Apelamos ao Conselho de Segurança da ONU para desempenhar seu papel na manutenção da paz e segurança internacionais e para tomar medidas imediatas para pôr fim à imprudência israelense na região e seu comportamento criminoso.”
Ministério Indiano das Relações Externas
“Reiteramos nosso apelo a todos os envolvidos para que exerçam contenção e retornem ao caminho do diálogo e da diplomacia. As hostilidades em andamento não beneficiam ninguém, enquanto reféns inocentes e populações civis continuam sofrendo.”
Emirados Árabes Unidos, declaração no site do Ministério das Relações Exteriores
“Os Emirados Árabes Unidos condenam veementemente o ataque militar à República Islâmica do Irã e expressam profunda preocupação com a escalada contínua e seu impacto na segurança e estabilidade regionais.”
O ministério enfatizou a “importância de exercer os mais altos níveis de contenção e sabedoria para evitar riscos e a expansão do conflito”.
Declaração do Gabinete do Primeiro-ministro iraquiano
“Israel continua suas políticas agressivas e expansão do conflito na região, empregando atos flagrantes de agressão sem dissuasão. Desta vez, sua mão agressiva teve como alvo a República Islâmica do Irã por meio de um ataque aéreo a alvos iranianos no início desta manhã”.
A declaração disse que o Iraque “reitera sua posição firme pedindo um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, e por esforços regionais e internacionais abrangentes para apoiar a estabilidade na região”.
Grupo Militante Palestino Hamas, no Telegram
“O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) condena veementemente a agressão sionista contra a República Islâmica do Irã, visando locais militares em várias províncias.
Consideramos isso uma violação flagrante da soberania iraniana e uma escalada que ameaça a segurança da região e a segurança de seu povo, colocando total responsabilidade na ocupação pelas consequências desta agressão, apoiada pelos Estados Unidos da América”.
Departamento político dos Houthis do Iêmen
“O ataque ao Irã ocorre no contexto de sua posição oficial e popular inabalável sobre a causa palestina e sua rejeição ao genocídio em Gaza. Afirmamos nossa solidariedade inequívoca com o governo iraniano e seu direito legítimo de responder aos sucessivos ataques sionistas” […]