Em 2024, o número de casos de coqueluche aumentou mais de 1.000% em comparação com o ano anterior, atingindo o maior patamar desde 2015. Os estados de Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal concentram a maior parte dos registros, enquanto outras regiões do país, como no Nordeste, não registraram nenhum caso.
A coqueluche, doença respiratória altamente contagiosa, está apresentando um crescimento exponencial no número de casos no Brasil em 2024. Ela já foi considerada controlada no Brasil, mas voltou a preocupar a saúde pública.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde revelam que, em dez meses de 2024, já houve aumento de mais de 1.000% em relação aos 12 meses de 2023, com mais de 2.400 casos confirmados até o momento.
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Distribuição geográfica dos casos
A distribuição geográfica dos casos de coqueluche no Brasil é bastante desigual. Os estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal concentram a maior parte dos registros, com o Paraná liderando o ranking. Veja quais são os estados com maior incidência:
- 1º Paraná: 823 casos
- 2º São Paulo: 665 casos
- 3º Minas Gerais: 286 casos
- 4º Rio de Janeiro: 216 casos
- 5º Distrito Federal: 130 casos
Por outro lado, os estados do Maranhão, Piauí, Amapá, Sergipe e Paraíba não registraram nenhum caso da doença em 2024.
Perfil epidemiológico, letalidade e coeficiente de incidência
O perfil epidemiológico da coqueluche no Brasil revela que a doença atinge principalmente a população branca (48%), seguida pela população parda (33%). É importante destacar que 15% dos casos não possuem informação sobre a raça/cor.
A letalidade da doença é a maior desde 2019, chegando a 0,45% das notificações. Entre 2021 e 2023, o país não registrou nenhum óbito pela doença. O maior indíce da doença nos últimos dez anos foi em 2014, quando a infecção matou 1,4% dos casos.
O coeficiente de incidência da coqueluche por 100 mil habitantes também apresentou um aumento significativo em 2024, atingindo o maior valor desde 2015. Esse indicador demonstra a intensidade da circulação do vírus na população.