A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (16) uma operação de combate ao contrabando e comércio ilegal de cigarros, associação criminosa e lavagem de dinheiro. a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Receita Federal no Espírito Santo participaram da ação.
Durante as buscas, os agentes apreenderam uma mala com R$ 5 milhões em espécie dentro de uma mala que estava na casa de um investigado.
Os 90 policiais federais, 10 policiais rodoviários federais e 12 auditores fiscais e analistas tributários cumprem 21 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e de São Paulo.
Segundo a PF, o objetivo das medidas judiciais é responsabilizar criminalmente e desarticular os integrantes de uma rede de distribuição nacional ilegal de cigarros contrabandeados ou falsificados, com atuação em vários estados da Federação.
Também foi determinada judicialmente a descapitalização dos integrantes do grupo criminoso, com a apreensão e o sequestro de bens.
As equipes estão atuando nas casas, em galpões, depósitos e escritórios vinculados aos responsáveis pela importação, fabricação, distribuição e comercialização ilegais de cigarros de origem estrangeira.
Os presos atuariam no comércio e distribuição em grande escala de cigarros contrabandeados e falsificados em âmbito nacional, gerando alta movimentação financeira e lucratividade exorbitante.
As investigações indicam que o grupo investigado teria conexão com a montagem e o funcionamento da fábrica clandestina de cigarros descoberta pela Polícia Federal, em agosto de 2023, na cidade de Serra (ES), ocasião em que foram apreendidos maquinário de linha de produção de cigarros, insumos variados, como tabaco, filtro, cola, caixa, rótulo, plásticos para embalagem, além de mais de 4.000 caixas de cigarros já embalados para venda e veículos utilizados no transporte das mercadorias.
Na operação, até o momento, foram realizadas quatro prisões preventivas e duas em flagrante, além de 21 buscas. Reais, dólares e euros, mais de 65 caixas de cigarros de fabricação paraguaia avaliados em mais de R$ 200 mil, cinco armas de fogo, quatro veículos de luxo avaliados em mais de R$ 500 mil, além de cheques caução emitidos por compradores de cigarros foram apreendidos.
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, contrabando de cigarros, lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo, cujas penas somadas podem chegar a 22 anos de prisão.