A Igreja Matriz de Santo Antônio, que foi fechada em maio de 2021 para um trabalho de restauração, voltou a realizar celebrações religiosas e receber visitas turísticas na cidade histórica de Ouro Branco, em Minas Gerais.
O templo, construído no século 19, é um clássico do estilo barroco, com pinturas atribuídas ao mestre Ataíde. O imóvel foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1949. A Igreja Matriz é considerada uma das mais antigas instituições paroquiais de Minas Gerais.
Durante a restauração, partes importantes da construção passaram por um minucioso trabalho, como o oratório, o arco-cruzeiro, o telhado e os pisos interno e externo. Além de receber um moderno sistema de segurança.
Segundo o arcebispo de Mariana, Dom José Airton dos Santos, “toda vez que temos a restauração de um patrimônio histórico desta natureza, muitas pessoas se envolvem para colaborar. E isso envolve um tipo de participação popular. A igreja tem a cara do povo daqui. E o povo tem a cara dessa igreja aqui”.
A restauração da Igreja Matriz de Santo Antônio foi viabilizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) por meio do Semente, o núcleo de incentivo a projetos socioambientais.
A execução ficou a cargo do Joaquim Artes e Ofícios, que além de trabalhar na edificação, também realizou um programa de conscientização da preservação do patrimônio histórico e cultural de Ouro Branco, com visitas guiadas e palestras.
Segundo o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, a restauração é resultado do trabalho do MP-MG na recuperação de recursos para as comunidades, por meio de medidas compensatórias.
“Propomos as ações e temos utilizado os acordos. Os recursos preveem reparações e pagamento de multas indenizatórias. Esses valores de multas e indenizações são revertidos para a própria comunidade. Então é dinheiro do povo voltando para o povo”, concluiu Jarbas.