O escritório de direitos humanos da ONU disse nesta sexta-feira (11) que mais de 100 médicos e trabalhadores de emergência foram mortos no Líbano desde que um conflito entre Israel e o Hezbollah começou há um ano.
O conflito eclodiu quando o grupo apoiado pelo Irã abriu fogo em apoio ao grupo militante palestino Hamas no início da guerra de Gaza. Mas se intensificou dramaticamente nas últimas semanas, com Israel bombardeando partes de Beirute.
“No total, mais de 100 trabalhadores médicos e de emergência foram mortos em todo o Líbano desde outubro do ano passado”, disse a porta-voz Ravina Shamdasani em um briefing da ONU, citando números que ela disse terem sido compilados pelo escritório humanitário das Nações Unidas.
“Tivemos vários relatos também de ataques aéreos visando outros centros médicos e de paramédicos e bombeiros sendo mortos”, disse ela.
O porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Christian Lindmeier, disse que, desde 17 de setembro, houve 18 ataques a instalações de saúde no Líbano, matando 72 profissionais de saúde.
Israel diz que tem como alvo capacidades militares no Líbano e em Gaza e toma medidas para mitigar o risco de danos a civis. Ele acusa o Hezbollah, assim como o Hamas, de se esconder entre civis, o que eles negam.