A ONG Doutores da Alegria anunciou a suspensão de suas atividades em hospitais de Pernambuco, Rio de Janeiro e em 90% das unidades de saúde de São Paulo, a última segunda-feira (7).
A decisão, segundo a organização, é resultado de uma queda brusca nas doações que a mantinham ativa e que têm afetado seu funcionamento.
Segundo a instituição, esta é a primeira vez, em 33 anos de existência, que a iniciativa deixará de frequentar os hospitais.
A princípio, o número insuficiente de doações interromperá as atividades do grupo por duas semanas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O prazo pode ser estendido, caso a organização não consiga os recursos necessários já nos próximos dias.
Criado em 1991, Doutores da Alegria sempre recebeu apoio financeiro da sociedade civil para a sustentação do projeto que atua proporcionando visitas de profissionais, caracterizados de palhaços e palhaças, a crianças e adolescentes internadas em hospitais.
Desde sua criação, mais de 2,5 milhões de crianças foram atendidas em hospitais pela iniciativa.
Além das doações, 70% dos recursos arrecadados para a associação foram obtidas de empresas parceiras por meio de leis de incentivo fiscais, sendo a Lei de Incentivo à Cultura a principal fonte de recursos. No entanto, atualmente, mesmo com a Lei de Incentivo, a baixa tem sido cada vez maior no número de recursos arrecadados.
“Hoje, a organização se vê frente a uma queda brusca de arrecadações que impacta os projetos e ameaça o futuro da associação.”, afirma a associação.
Fora as visitas aos hospitais, a iniciativa realiza um Programa de Formação de Palhaço para Jovens (PFPJ) e oferece um curso de palhaçaria, que introduz a juventude em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho artístico em São Paulo e Pernambuco. Ambas atividades também dependem das arrecadações para funcionamento.
Buscando reverter a situação atual, Doutores da Alegria iniciou uma campanha nacional “Doar espalha alegria” para incentivar a população a contribuir com doações ao projeto que leva cultura, através da arte do palhaço, a crianças doentes.
*Sob supervisão de Bruno Laforé