Gislayne de Deus, que se tornou policial civil para prender o assassinato do pai, contou à CNN que o sentimento é de justiça feita após a prisão.
Raimundo Alves Gomes foi preso nesta quarta-feira (25), durante uma operação realizada em uma região de chácaras, onde se escondia para escapar da Justiça.
Ele é acusado pela morte de Givaldo José Vicente de Deus, pai de Gislayne, com um tiro em um bar no bairro Asa Branca, em Boa Vista, Roraima, em 1999.
Gislayne disse que a família sempre viveu com um sentimento de impunidade. O suspeito chegou a ficar preso por 17 dias na época do homicídio, mas foi solto.
O motivo do assassinato seria uma dívida de R$ 150. Gislayne conta que na época a família tinha um mercadinho e o pai dela estaria devendo o valor para Raimundo, que seria um dos fornecedores do estabelecimento.
O mandado de prisão foi expedido em 2016, mais de 15 anos depois do acontecimento. Gislayne diz que a família sempre acompanhou o caso, mas nunca conseguiu encontrar o assassino.
O assassino se tornou foragido da Justiça. A última vez que foi visto, antes da prisão, foi em 2022 em Arraial do Sol, próximo a cidade onde ele foi preso. Naquela data, as câmeras de segurança não conseguiram identificar a placa do carro vermelho que dirigia.
A policial conta que a decisão de prestar concurso para a polícia penal não foi algo premeditado para encontrar o assassino do pai.
“Eu era advogada e professora de cursinho, trabalhava de forma autônoma, a pandemia afetou minha renda. Eu decidi prestar concurso para a polícia penal para ter estabilidade profissional e financeira”.
Como policial, ela diz que buscou justiça para sua família e tem o mesmo objetivo para outras pessoas que querem respostas para crimes brutais envolvendo seus entes queridos.
*Sob supervisão