Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai divulgaram, nesta segunda-feira (2), comunicado conjunto em que rechaçam “de maneira inequívoca e absoluta” a ordem de prisão do opositor venezuelano Edmundo González.
A manifestação foi publicada em meio à demora do governo brasileiro em divulgar também seu posicionamento oficial.
Trata-se de uma demonstração de como países, incluindo aqueles que formam o Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai), buscam ter capacidade de articulação mesmo sem a participação do Brasil, que é o país com política e economia mais consolidada dentro do continente.
“Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, rejeitamos inequívoca e absolutamente a ordem de prisão emitida pelo Juiz do Primeiro Tribunal Especial do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela contra o senhor Edmundo González, candidato presidencial da oposição no último processo eleitoral de 28 de julho de 2024”, afirma o comunicado.
Os países ressaltam que a ordem de prisão cita supostos delitos mas tem como intuito silenciar González.
“O referido mandado de prisão cita vários supostos crimes que nada mais são do que mais uma tentativa de silenciar o senhor González, ignorar a vontade popular venezuelana e constitui perseguição política”, pontua o texto.
O comunicado condena o que chama de “detenções arbitrárias” no país e defende a separação de poderes, modelo que não é adotado na Venezuela, onde todos órgãos e poderes públicos são ligados ao chavismo de Nicolás Maduro.
O conjunto de países latinos e sul-americanos destaca ainda que irá manter esforços firmes para exigir a garantia da vida e integridade da liberdade de González.