Integrantes da Polícia Federal (PF) e do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) começaram a compartilhar dados das investigações sobre a queda do avião da Voepass, nesta segunda-feira (26). Uma reunião, em Brasília (DF), definiu as diretrizes para a troca de informações entre os órgãos.
Segundo fontes presentes na reunião, há “milhares” de análises a serem feitas que vão ser divulgadas aos poucos, por meio de notas técnicas.
Parte das apurações é feita no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. Os técnicos, agora, aguardam o acesso a conversas gravadas por áudio e dados do voo e que estão nas caixas-pretas da aeronave que que caiu em Vinhedo (SP).
O compartilhamento das informações foi determinado pela Justiça Federal de Campinas (SP), na última sexta-feira (23).
A PF solicitou acesso aos dados na Justiça, após o Supremo Tribunal Federal (STF) manter restrições ao Ministério Público e às polícias sobre as informações coletadas pelos profissionais do Cenipa.
Nos próximos dias, a expectativa é que o Cenipa, órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), deve divulgar um relatório inicial sobre as possíveis causas do acidente. O órgão prometeu uma primeira análise em até 30 dias.
O Cenipa tem como principal função fazer análise técnico-científica para diagnosticar as causas dos acidentes e recomendar medidas de prevenção para evitar novas situações semelhantes. Já a PF, abriu um inquérito para apurar possíveis crimes e responsabilidades.
O voo 2283, da empresa Voepass, saiu de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A aeronave caiu em uma área de um condomínio, no município de Vinhedo. O acidente causou a morte de 62 pessoas.