O Hamas disparou dois foguetes contra o centro comercial de Israel, Tel Aviv, nesta terça-feira (13), pela primeira vez em meses, e ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 19 palestinos em Gaza, enquanto mediadores tentam retomar as negociações de cessar-fogo.
Não houve relatos de vítimas em Israel. Dois foguetes foram disparados de Gaza, disseram os militares israelenses, um dos quais caiu no mar e o outro não atingiu o território israelense.
O braço militar do Hamas disse em um comunicado: “Bombardeamos a cidade de Tel Aviv e seus subúrbios com dois mísseis ‘M90’ em resposta aos massacres sionistas contra civis e ao deslocamento deliberado de nosso povo.”
Ataques aéreos israelenses mataram 19 palestinos no centro e sul da Faixa de Gaza nesta terça-feira, disseram médicos. O Hamas reivindicou pela última vez o disparo de foguetes contra Tel Aviv em maio.
Um ataque matou seis pessoas em Deir Al-Balah, incluindo uma mãe e seus bebês gêmeos de quatro dias, enquanto outros sete palestinos foram mortos em um ataque a uma casa no campo próximo de Al-Bureij.
Quatro pessoas foram mortas em dois ataques separados no campo de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, e em Rafah, no sul, e duas foram mortas em um ataque a uma casa no bairro de Sheikh Radwan, na Cidade de Gaza, no norte, disseram médicos.
Os militares israelenses, a Jihad Islâmica e o Hamas disseram que estavam lutando em várias áreas de Gaza.
O Exército israelense disse ter matado atiradores palestinos e desmantelado estruturas militares em Khan Younis, localizado armas e explosivos em Rafah e atingido lançadores de foguetes e postos de atiradores no centro de Gaza.
Os EUA disseram na segunda-feira que esperam que as negociações de cessar-fogo em Gaza programadas para quinta-feira prossigam conforme o planejado, e que um acordo ainda era possível.
A Axios reportou que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, planeja viajar nesta terça-feira para discussões no Catar, Egito e Israel.
O governo israelense disse que enviaria uma delegação às negociações de quinta-feira para finalizar os detalhes da proposta de acordo.
Mas o Hamas está exigindo um plano viável para implementar a proposta, apresentada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em maio, em vez de mais negociações.