Um porta-voz do braço armado do Hamas disse nesta segunda-feira (12), que um refém israelense foi morto por um militante do grupo, na Faixa de Gaza. Em outro incidente envolvendo guardas do Hamas, duas mulheres ficaram gravemente feridas.
Abu Ubaida culpou o incidente no que ele descreveu como “massacres” israelenses contra palestinos.
“O governo inimigo [Israel] é totalmente responsável por esses massacres e as reações resultantes que afetam a vida dos prisioneiros”, disse Ubaida em um comunicado publicado no Telegram.
Ele disse que um comitê foi formado para investigar os detalhes, e as descobertas serão anunciadas mais tarde. O Hamas disse ainda que está tentando salvar as duas reféns feridas.
É a primeira vez que Al-Qassam (braço armado do Hamas) diz que seus guardas mataram reféns. O grupo muitas vezes atribuiu mortes anteriores de prisioneiros aos bombardeios israelenses.
Em árabe, o porta-voz do exército israelense Avichay Adraee disse no X: “Nos últimos minutos, os terroristas do Hamas publicaram um relatório afirmando que em dois incidentes separados, ativistas do grupo mataram um prisioneiro israelense e feriram duas mulheres. Nesta fase não há nenhum documento de inteligência para confirmar ou refutar as alegações do Hamas. Continuamos a investigar a credibilidade da declaração e forneceremos informações.”
#عاجل نشرت حماس الإرهابية في الدقائق الأخيرة خبرًا مكتوبًا يزعم فيه انه في حادثيْن منفصليْن قتل نشطاء حماس مختطفًا اسرائيليًا وأصابوا مختطفتيْن.
في هذه المرحلة لا يوجد أي مستند استخباري يؤكد أو يدحض مزاعم حماس.
نواصل فحص مصداقية البيان وسنوفر بالمعلومات حيثما تتواجد لدينا.
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) August 12, 2024
O caso vem logo após o grupo palestino nomear o líder de Gaza, Yahya Sinwar, um dos cabeças por trás do ataque de outubro 7 em Israel, como seu novo chefe político após o assassinato de Ismail Haniyeh em Teerã, em 31 de julho.
No sábado (10), um ataque aéreo israelense em uma escola da cidade de Gaza que abriga famílias palestinas deslocadas matou cerca de 100 pessoas.
Israel disse que 31 militantes estavam entre os mortos. O Hamas e a Jihad Islâmica negaram as alegações e disseram que não havia nenhum atirador na escola.
O incidente ocorre em meio a relatos conflitantes sobre as expectativas quanto aos resultados das negociações destinadas a acabar com a guerra em Gaza, agendadas para quinta-feira.