O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, deu uma resposta contundente a uma oferta feita nesta sexta-feira (9) pelo presidente panamenho, José Raúl Mulino, para facilitar sua partida para um terceiro país a fim de permitir uma transição política.
Mulino disse à CNN que daria asilo a Maduro para funcionar como uma “ponte” para um terceiro país, após a eleição de 28 de julho que Maduro diz ter vencido, mas que pesquisadores independentes afirmam ter sido uma vitória esmagadora da oposição.
“Se essa é a contribuição, o sacrifício que o Panamá tem que fazer, oferecendo nosso solo para que esse homem e sua família possam deixar a Venezuela, o Panamá o faria sem dúvida”, disse Mulino em uma entrevista.
Mas Maduro acusou o presidente panamenho, que foi eleito para o cargo há apenas três meses, de ter se “deixado levar pelos gringos”, usando um termo depreciativo para se referir aos Estados Unidos.
“Vou tentar saber seu nome, presidente do Panamá, mas quem se mete com a Venezuela encalha”, disse Maduro a repórteres, ao sair do Tribunal Supremo de Justiça, em Caracas.
O Panamá faz parte de um grupo de países latino-americanos que cortou relações diplomáticas com a Venezuela desde as contestadas eleições de 28 de julho, incluindo Argentina, Chile, Costa Rica, República Dominicana, Peru e Uruguai.