Atriz explica como tratamento hormonal direcionado e integrado atenuou sintomas da menopausa
O tratamento de reposição hormonal quando bem prescrito e realizado com segurança e responsabilidade pode trazer inúmeros benefícios para a saúde feminina, sobretudo para aliviar os sintomas típicos da menopausa. O TRH pode ser realizado através de implantes bioidênticos subcutâneos, os chamados “chips hormonais” ou “chip da menopausa”.
A atriz Marilene Saade, mulher do também ator Stenio Garcia, contou ao ND+ que é adepta do tratamento, mesmo após ter enfrentado um câncer de mama aos 34 anos.
Marilene Saade faz uso de chip de hormônios para atenuar os sintomas da menopausa – Foto: Arquivo pessoal/ND
“Muitas pessoas acreditam que quem teve câncer não pode fazer tratamento de reposição hormonal. Mas quando você se submete a uma avaliação altamente meticulosa, individual e integrativa, esse risco desaparece. A menopausa tem sido especialmente desafiadora para mim e a reposição hormonal aumentou consideravelmente a minha qualidade de vida”, explica ela.
Segundo a cardiologista Priscila Sobral, a reposição é realizada com os hormônios específicos para a necessidade individual de cada mulher. Geralmente repõe-se estradiol, estriol, progesterona e testosterona com doses adequadas e sempre atingindo níveis fisiológicos. Ela ressalta ainda como a reposição pode trazer efeitos benéficos contra doenças cardíacas em mulheres.
“Na Cardiologia ressalta-se o efeito dos estrogênios como vasodilatador através do aumento da liberação de óxido nítrico melhorando a perfusão coronariana e cerebral. Consequentemente atua também no controle da pressão arterial. Exerce importante função cardioprotetora, regulando níveis lipídicos e atuando diretamente no endotélio dos vasos com ação anti-inflamatória”, complementa.
Stenio Garcia e Marilene Saade – Foto: Arquivo Pessoal / ND
Embora não tenha qualquer recomendação cardíaca ou algo do tipo, Marilene explica como os hormônios liberados pelo chip, conjugados com outras medidas preventivas e tratadoras, amenizam os impactos da menopausa no organismo.
Menopausa e qualidade de vida
“Eu achava que se mantivesse uma boa qualidade de vida: boa alimentação, bom sono, água, exercício físico, yoga e estilo de vida saudável seria suficiente para atravessar a menopausa. Mas comecei a ter suores noturnos a ponto de molhar as roupas e os lençóis. E o que era esporádico, passou a ser cotidiano. Junto com isso vieram taquicardia, o sono excessivo, a perda de massa magra, intolerância alimentar e a irritabilidade. Então, comecei a fazer uma alimentação mais específica, a fazer a reposição e passou. Tenho ótima qualidade de vida”, destaca ela.
Segundo a Dra. Priscila, além dos efeitos diretos no aparelho cardiovascular, o tratamento também proporciona o aumento da massa muscular, da força e da potência muscular, aumento da densidade óssea, com melhora da mobilidade e capacidade de exercícios.
“Há aumento da vitalidade, melhora das habilidades cognitivas e performance sexual com o aumento da qualidade de vida. Por isso é inquestionável que mulheres que se beneficiam da reposição hormonal e, assim, acabam aumentando a expectativa de vida e reduzindo o aparecimento de doenças crônicas e degenerativas da idade”, finaliza.
Menopausa e obesidade
A obesidade pode ser um fator determinante para mulheres, principalmente quando o assunto são os hormônios. Além dos riscos para a saúde como um todo, ela pode influenciar na idade de início da menopausa, porém não há um padrão bem estabelecido, já que o estilo de vida, tabagismo e história familiar também podem contribuir. E, claro, tudo isso influencia no tratamento de reposição hormonal.
De acordo com a endocrinologista Lorena Lima Amato, as novas medicações para tratar a obesidade não influenciam no controle dos sintomas da menopausa.
“Na verdade, se você pensar que a obesidade piora os sintomas da menopausa, controlando-se a obesidade, é possível que alguns sintomas da menopausa diminuam, mas ainda seria necessário um estudo mais detalhado para confirmar a associação do tratamento medicamentoso com a melhora dos sintomas”, completa.
Ela explica ainda que há estudos demonstrando que as mulheres com obesidade têm mais sintomas de fogachos e alterações de humor e maior índice de depressão. Além disso, a associação entre menopausa e obesidade também pode trazer outras doenças como consequência.